quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UFC Rio

Rivais nos ringues, Anderson Silva e Vitor Belfort brigam por melhor imagem dos lutadores no país

 

Reunidos para a coletiva de imprensa da apresentação do UFC Rio, os rivais Anderson Silva e Vitor Belfort, além do lendário Royce Gracie aproveitaram a oportunidade para defender a limpeza da imagem do esporte no país.
  Para o maior lutador da atualidade, Anderson Silva, a realização de um evento na capital carioca é a melhor maneira de mudar a visão que o grande público tem do esporte. - É a grande oportunidade para a gente, aqui no Brasil, melhorar a nossa imagem e mostrar que o UFC é esporte. Eu penso muito nisso, em mudar muita coisa, em ser exemplo para as crianças, ídolo delas. Precisamos mudar essa imagem do esporte que muitos têm no Brasil.

Apesar de o MMA (sigla em inglês para Artes Marciais Mistas) ter sido criado na cidade do Rio há mais de 70 anos pela família Gracie, o esporte só se popularizou quando empresários americanos compraram a franquia e apostaram na modalidade.

Nesse meio tempo, os lutadores brasileiros receberam o estigma de brigões e sofrem até hoje com o preconceito no país.

Mais jovem campeão do UFC, quando tinha apenas 19 anos, Vitor aproveitou o assunto para criticar a resistência da imprensa com relação ao vale-tudo. 

 - Desde os 19 anos eu luto profissionalmente e sinto uma resistência grande por parte da mídia quanto ao UFC. Esse esporte é entretenimento, educou o público. Muitos têm medo de chegar até nós. Somos humanos. Uma vez um jornalista me perguntou o que eu faria se alguém batesse no meu carro? Eu respondi: 'Se baterem no carro do Pavarotti ele vai descer cantando uma ópera?'. Esse preconceito nos atrapalha e afasta patrocínio. Fico feliz em ver esse salão lotado de jornalistas. Todos serão contaminados por esse vírus positivo do UFC.


Vencedor das primeiras edições do torneio e filho de Hélio Gracie, o criador do esporte, Royce fez coro à defesa ao MMA e chamou atenção para as regras da modalidade.

- Meu pai começou a lutar aqui no Rio. A cidade é o coração da luta. Aprendi com meu pai a lutar, não a brigar. O UFC é esporte, tem regra, juizes. Se uma criança quebra um braço jogando futebol, não quer dizer que a modalidade seja violenta.

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