Autoridades da África do Sul já tomam as devidas precauções
A rede terrorista Al Qaeda ameaça dar as caras na Copa do Mundo da África do Sul. Segundo um comunicado reproduzido por uma revista islâmica, a intenção do grupo é lançar um ataque durante as fases finais do Mundial.
Os principais alvos seriam as seleções de Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França e Alemanha - países acusados de fazerem parte de uma "cruzada" contra o Islã.
- Seria incrível se, em um jogo entre Estados Unidos e Inglaterra, durante a transmissão ao vivo com o estádio cheio de torcedores, o som de uma explosão estourasse nas arquibancadas, com tudo virando de cabeça para baixo e o número de corpos chegando a dezenas, centenas, se Alá quiser - é o que diz o pronunciamento da Al Qaeda publicado na edição da revista Mustaqun Lel Jannah (Esperando Pelo Paraíso).
Em outubro passado, forças de segurança da África do Sul descobriram um plano dos mesmos terroristas para realizarem um ataque no Mundial. À época, a Agência de Inteligência Nacional sul-africana prendeu vários suspeitos ligados à Al Qaeda em Moçambique e na Somália, com a ajuda de agentes norte-americanos e forças policiais.
'Explosivos-fantasma'
O grupo ainda diz que vai usar explosivos capazes de contornar as barreiras de segurança nos jogos - bombas que não podem ser detectadas. A declaração parece desafiar diretamente o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
- Todas as verificações de segurança e máquinas de raio-x que a América enviar depois de ler este artigo não serão capazes de detectar explosivos como estes. Vocês estão preparados para este evento, Sr. Platter? (sic) - afirma o artigo.
Sinais de conflitos étnicos também deixam o país em alerta
No último fim de semana, a morte de um líder extremista branco - Eugene Terre'blanche - chegou a iniciar uma pequena tensão no país. O temor era por um provável retorno de conflitos étnicos na África. Terre'blanche era um dos principais defensores do Apartheid - regime de segregação racial - e foi assassinado por dois funcionários negros em sua fazenda.
Líderes radicais chegaram a prometer retaliação, mas logo minimizaram o fato. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu calma à população. Ele afirmou que era preciso ter cuidado para não permitir que aproveitadores utilizassem o fato para alimentar o ódio entre as etnias.
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