quinta-feira, 29 de abril de 2010

Série B está rachada por contrato de televisão

Oito clubes da Segunda Divisão do Brasil não aceitam o acordo proposto pela Rede Globo

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu como serão as regras de distribuição de recursos para os clubes da Série B, em reunião realizada em sua sede, na Barra da Tijuca, na segunda-feira. Mas os quatro clubes rebaixados em 2009 da Série A (Coritiba, Náutico, Santo André e Sport) e os quatro que subiram da Série C (AméricaMG, ASA-AL, Guaratinguetá e Icasa-CE) se recusaram a aceitá-las.
A principal divergência está na assinatura do contrato dos direitos de transmissão com a TV Globo.

Cada um dos oito clubes quer receber uma cota de, no mínimo, R$ 2 milhões. Nesse caso, o valor total seria de R$ 40 milhões.
Em contrapartida, a CBF apresentou um pacote aos clubes, que tem a adesão da maioria. Nele, o total da TV será de R$ 35 milhões e o valor será debitado das despesas para organizar a competição.

– A Série B vai custar, no total, cerca de R$ 40 milhões. Vamos dar o dinheiro do contrato de TV e a CBF vai arcar com o restante que falta – disse o presidente do Bragantino, Marco Chedid, defensor da fórmula proposta pela CBF. – E cada clube ainda vai ganhar R$ 800 mil, pag m oito parcelas de R$ 100 mil.

As demais despesas da Série B se referem a hospedagem e transporte, R$ 16 milhões, custos de arbitragem e doping, R$ 5,5 milhões, além de R$ 2,8 milhões, referentes a um empréstimo feito pela emissora carioca ao Futebol Brasil Associados (FBA) – até o ano passado gestora da Segunda Divisão.

O diretor executivo da Globo Esportes, responsável pela negociação dos diretos de transmissão, Marcelo Campos Pinto, procurou demonstrar confiança de que o impasse será resolvido.
– Tenho a certeza de que todos eles assinarão o contrato. A reunião de segunda-feira foi somente para o esclarecimento de dúvidas – afirmou o representante da Globo, que participou terça-feira do seminário de abertura do Campeonato Brasileiro, Séries A e B, realizado em um hotel da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Os oito clubes que se recusaram a assinar o contrato de TV estão alinhados com o Clube dos 13, que se dispôs a representar a todos para negociar um contrato mais vantajoso do que o atual, com a TV Globo.

Confira um bate-bola com Andrés Sanchez, presidente do Corinthians:

LANCENET!: A ausência de presidentes de clubes no seminário pode ser um boicote à disputa no Clube dos 13?

Andrés Sanchez: Não. Dirigente não é burro. Um clube depende do outro e o que ocorreu no Clube dos 13 foi uma disputa salutar.
L!: Mas hoje há um racha entre os clubes.

AS: Também não. Por exemplo, ao final da eleição, apesar de a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, ter assumido posição contrária a do Corinthians (ela apoiou a reeleição de Fábio Koff), conversamos normalmente.
L!: Então, o interesse dos clubes está acima de qualquer tipo de briga?

AS: Não existe essa de briga. Todos querem o melhor para seus clubes e a discordância faz bem para o debate.

Michel Castellar RIO DE JANEIRO

www.lancenet.com.br
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