De Vitor Birner
Para a CBF: São Paulo hexa. Flamengo penta.
A CBF oficializou hoje que o São Paulo foi o primeiro a ser pentacampeão brasileiro.
Mais que isso, a decisão da dona do futebol nacional despreza o título de 1987.
Para a CBF, o Fla é penta, não hexa.
O que mudou de anos para cá?
Qual era dúvida antes e como acabaram com ela?
Por que a decisão exatamente agora?
Política outra vez?
Como tecnicamente não apareceram novidades, as chatas questões políticas começaram a atormentar este que vos escreve.
A eleição do Clube dos 13, mesmo se não modificar nada no futebol brasileiro, apresentou interessantíssima situação.
Doze clubes disseram não ao Ricardo Teixeria. Suportaram pressões de federações estaduais e sei lá mais de quem.
Entre os eleitores de Koff, estão 3 das 5 maiores torcidas do país. Flamengo, São Paulo e Palmeiras.
De acordo com a última pesquisa do Datafolha, ano passado, eles são donos dos corações de 34% dos amantes do futebol nacional. O Rubro-Negro tem 19%, mais que o dobro dos 2 grandes paulistas.
Força das marcas
Todas são marcas fortíssimas. Possuem grande representatividade de mercado. Não custa lembrar que a maioria de sãopaulinos e palmeirenses está no Estado de São Paulo, onde a população é gigante e o poder aquisitivo dela maior que a média nacional.
O apoio de quem administra tudo isso é importante. Pense na força dos clubes se decidirem abrir concorrência para ver qual televisão paga mais e trabalha melhor o produto campeonato brasileiro?
Kléber Leite, candidato derrotado que contava com apoio de Teixeira, se fosse eleito presidente do Clube dos 13, cuidaria da negociação.
Não acabou na eleição do Clube dos 13
No mundo da política, as disputas não param no fim de cada processo eleitoral.
O São Paulo entendeu logo no dia seguinte o preço de sua posição. O calcanhar de aquiles é o projeto do Morumbi no mundial. E ele será criticado, atacado, de várias formas, haja ou não embasamente técnico.
Mas por qual motivo só o tricampeão da América sofreria “retaliações”?
Tenho a impressão que a decisão da CBF tem a ver com a posição flamenguista.
Não havia tantas formas de mexer com a maior torcida do país.
Agora, Patrícia Amorim vai escutar poucas e boas lá na Gávea.
“Perdeu” a taça e um título no papel.
Vão cobrar isso dela. Não se encontra em qualquer lugar grande quantidade de indivíduos dispostos a abrirem mão de seus interesses por convicções, ética e um futuro melhor.
Uma briga entre Flamengo e São Paulo seria interessante para quem agora??????
Patrícia, Juvenal, Beluzzo e eleitores de Koff…
Cuidado.
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